Desnudar a minha alma que insiste em empurrar-me
Desse precipício que é a vida.
Vou alçar voo rumo ao reino das palavras,
A clausura dos meus sentimentos
Já não é suficiente para conter
O magnetismo que me atrai a elas.
Sou andarilho nesse mundo,
Não tenho eira nem beira.
Quero apenas um papel e uma caneta,
Quero apenas uma rima bem feita
Que liberte-me para essa vida
E torne meus versos livres.
Vou abandonar-me para que outros me encontrem,
Despir-me do obsoleto,
Esquecer o perfume bucólico das lembranças,
Flagelar-me sem dó na consciência
Com o amor verdadeiro e a paixão mais intensa.
Quero encontrar-me abandonado
Em qualquer canto da prateleira mais empoeirada da estante.
Quero ser esquecido para ser lembrado por cada verso de quem eu sou.
Habitarei as entrelinhas ou o rodapé de cada página,
Estarei aqui enquanto houver palavras,
Estarei ali enquanto houver leitor,
Permanecerei enquanto houver história.
¬ Extraído do livro NÃO SEI SER POETA de Igor José.
Me encontro exatasiada em ver tamanha entrega, seu versos nos constagia, nos preenche. "Sublime como muitos outros escritos por você". Te amo!
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